Saiba como escolher a atividade complementar certa

Educação e atividades complementares

Essa escolha ainda causa um nó na cabeça de muitos universitários.

Para quem ainda não sabe, elas são obrigatórias para completar o currículo acadêmico , ou seja, quem não cumprir a carga horária mínima não receberá o diploma ao final do curso.

A principal confusão acaba sendo sobre as atividades aceitas pelas faculdades de todo Brasil. Enquanto algumas aceitam relatório de filmes, outras consideram atividades de pesquisa. Vamos tomar como exemplo o curso de Jornalismo de instituições públicas e particulares para mostrar quais atividades são comuns e com melhor atribuição de créditos.

Mas antes disto, você sabe para que serve uma atividade complementar? Para o Conselho Nacional de Educação da Câmara Superior de Educação, ela coloca o estudante em contato com a realidade social, econômica e cultural, e de iniciação à pesquisa e ao ensino. Desta forma, além das disciplinas tradicionais da sala de aula e laboratoriais, o estudante desenvolve trabalhos fora da faculdade em horários flexíveis.

O ponto-chave é entender que a atividade complementar, também chamada de extracurricular, deve agregar valor à formação profissional do estudante, esclarece o coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo, Rodolfo Carlos Martino. “São componentes que enriqueçam o estudante como cidadão e profissional.” É por isso que no grupo de atividades que formam as 80 horas anuais da universidade, cinema vale, sim. Porém, desde que tenha estreita relação com comunicação.

O que pode e o que não pode na atividade complementar?

Para cumprir a carga horária do curso de Jornalismo, são necessárias 2.800 horas. Desse total, até 20% das horas podem ser dedicadas para este tipo de atividades, ficando a critério da faculdade essa definição. Normalmente são exigidas cerca de 100 horas anuais, comprovadas por meio de relatórios e as atividades complementares podem ser divididas em Ensino, Pesquisa e Extensão. Confira a explicação a seguir:

Ensino

Sabe o cursinho de editoração? Ou aquele de redação e estilo? Pois é, eles são excelentes para aperfeiçoar a técnica jornalística, como também para atribuir pontos de atividades complementares. Na Faculdade Cásper Líbero , em São Paulo, cursos de capacitação, disciplina em outros cursos de comunicação, monitoria acadêmica e até visita em feiras rendem pontos para atingir a meta de 135 horas anuais. “Além da formação acadêmica, é preciso que o estudante tenha uma formação complementar. Ela pode ser decisiva ao concorrer a programas de bolsas de estudos no exterior”, lembra a pesquisadora institucional da faculdade, Jurema Brasil.

Pesquisa

Mais “valiosa” dos três tipos de atividades, a Pesquisa pode atingir toda carga horária necessária. São casos de desenvolvimento de projetos de iniciação científica e pesquisa integrada. Como todas as outras, essas atividades devem ser realizadas fora do horário de aulas, inclusive nas férias escolares. Com exigência de 135 horas anuais, o curso de Jornalismo da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aceita ainda, neste segmento, projetos em núcleos de pesquisa e publicação em congressos da área de comunicação

Extensão

Que tal participar de um seminário ou de uma oficina e contar pontos? Nada mal, não é mesmo? Preferida pelos estudantes, as atividades de extensão são as que estão mais próximas de seu dia a dia. Estágio em empresa júnior ou agência experimental reforçam o currículo profissional e acadêmico dos estudantes de Jornalismo da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) , obrigados a cumprir 102 horas todos os anos. Voluntariado e programas de extensão realizados dentro da universidade – aulas de dança, práticas esportivas, cursos de design – também dão uma forcinha.

Fica a dica:

Antes de começar a fazer as atividades complementares, converse com o coordenador de curso da faculdade para não ser surpreendido com a recusa do relatório. Se você fez transferência, fique atento, são atribuídas apenas atividades consideradas compatíveis entre as instituições de origem e destino. E quem determina o que vale o que não vale é a instituição, com base eu seus critérios sobre o que é determinante para a formação do aluno.

Fonte: Universia