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Jovens “nem nem” são vítimas da falta de qualificação
Eles nem estudam e nem trabalham. Essa é a geração de jovens “Nem Nem”. E qual seria o motivo para este comportamento? Falta de oportunidade, baixos salários ou falta de qualificação? Para Fátima Ribeiro, psicóloga e gerente da área de empregabilidade do Instituto Empreender, a falta de qualificação profissional é a principal razão para os jovens entrarem para o grupo “nem nem”.
“Muitos jovens não estão totalmente qualificados para participar de uma entrevista de emprego, por exemplo, ou não sabem como se comportar e se expressar. É preciso que esses jovens procurem cursos para se qualificarem para o mercado. Acredito que isso reduziria o número de jovens nem nem”, explica Fátima.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada cinco jovens entre 15 e 29 anos, equivalente a 20,3% da população jovem do Brasil, não estudava nem trabalhava no período de 2013. Segundo o IBGE, a faixa etária onde mais se concentram jovens “nem nem” vai de 18 a 24 anos, representando 24% da população que não frequenta mais as escolas e nem está inserida no mercado (Fonte: Estadão)
Vanessa de Landa tem 24 anos e no momento não estuda e está desempregada. Apesar de não estar fora do mercado de trabalho por escolha própria, Vanessa diz que já sofreu certos tipos de preconceito, por questões estéticas, em alguns processos seletivos dos quais participou. A jovem atribui a cor “estilosa” de seus cabelos como uma das razões que a impedem de ser convocada para uma vaga.
“Já fui em várias entrevistas em que eu achava que tinha o perfil da vaga, porém a resposta que recebi de algumas empresas foi que eu teria que mudar a cor do cabelo para me adequar à oportunidade profissional. Uma recrutadora até perguntou se eu mudaria a cor do cabelo pela vaga e eu respondi que não”, relata Vanessa.
Vanessa fez um curso profissionalizante de cabeleireira, mas comenta que ainda não teve uma chance no mercado. Ela tem a esperança de ainda esse ano conquistar um emprego e se matricular em outros cursos para se especializar na área estética. “Acredito que em 2015 vou arranjar um trabalho e conseguir pagar o curso de visagismo, pois meu sonho é trabalhar nessa área”, afirma.
Fátima Ribeiro explica que cada vaga exige um tipo de perfil do candidato. “Se você vai para uma entrevista em uma loja mais despojada, você não precisa colocar uma roupa ou usar um penteado tão formal, como se você fosse para uma entrevista para trabalhar como secretária executiva ou assistente administrativo de um banco”, explica.
Instituto Empreender oferece curso gratuito para qualificar jovens em busca de emprego
Que roupa usar em uma entrevista de emprego? Como elaborar um currículo? Que postura deve-se ter processos seletivos? O que dizer ao recrutador? Em meio a tantas dúvidas que surgem entre os jovens que estão buscando uma vaga de emprego, o Instituto Empreender lançou este ano no estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Chevron, o Programa de Orientação Profissional.
Com duração de 40 horas, o programa tem como objetivo qualificar e orientar jovens com idade entre 18 e 30 anos em busca de oportunidades profissionais e inserção no mercado. Além das aulas de orientação profissional e oficinas, no final do curso os participantes serão encaminhados para vagas de emprego que se encaixem em seus perfis profissionais. Após a contratação, a ONG fará o acompanhamento dos alunos durante a rotina de trabalho na empresa contratante.
As inscrições ainda estão abertas no site: http://web.institutoempreender.org/programa-de-orientacao-profissional-cadastro, pelo telefone (21) 3547 3821 ou presencial na Avenida Treze de Maio, 23 – Sala 438.