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Inspirados por movimento em São Paulo, alunos ocupam escola na Itália
Os alunos da escola de ensino médio Virgilio, em Roma, inspirados pelo movimento estudantil em São Paulo, decidiram ocupar os prédios do colégio no final de novembro.Parece que as mais de 200 escolas ocupadas ao redor de São Paulo já começam a inspirar um movimento internacional de ocupação estudantil. Os ventos que chegam desta vez são da Itália, em Roma.
A escola foi ocupada no final do mês de novembro, por dezenas de alunos. O grupo, que através do Facebook citou a luta dos estudantes secundaristas paulistas como fonte de inspiração e apoio, possui 13 exigências para o poder público. Uma delas é a retirada de câmeras de segurança de pontos específicos do prédio da escola, que segundo os alunos acaba tirando boa parte da privacidade que faz parte do ambiente escolar.
Ao contrário do movimento em São Paulo, não existe uma ‘causa estopim’ para ter deflagrado a ocupação, porém a estudante Roberta deixa claro que não se trata disso?—?“É preciso compreender as razões daqueles que ocupam a escola”, e que “a sociedade precisa parar de exigir demandas objetivas, e começar a entender o contexto por trás da ocupação, os anos de abandono da educação pública na Itália”.
A ocupação rendeu polêmica no país europeu, onde já ocorre uma verdadeira guerra de acusações entre a direção da escola, alunos, e até mesmo os pais dos estudantes.
A mãe de um dos alunos da escola enviou uma carta ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, dizendo que “a ocupação é sem sentido e potencialmente subversiva, centro de tensão pró-violência, afetando o Estado democrático”. Outra mãe, chamada Lia Tagliacozzo disse que “o despejo não é uma resposta”.
A diretora da escola, Irene Baldriga, já tentou de todas as formas criminalizar e desocupar o prédio, incluindo uma afirmação onde chama os alunos de “baderneiros” e “anarquistas mascarados”.
Os alunos temem que até segunda-feira (14) ocorra a reintegração de posse do prédio da Virgilio, e pedem através das redes sociais o apoio da população local, dos demais estudantes italianos e até mesmo das ocupações em São Paulo. Porém, em entrevista com veículos de imprensa da Itália, já chegaram a afirmar que resistiriam pacificamente em caso de uma possível invasão da polícia ao prédio da escola.
Fonte: Agência Democratize