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Economia solidária como alternativa à inclusão das juventudes
A Economia Solidária se consolidou no país com a mobilização de diversos atores do Associativismo e Cooperativismo popular, buscando num primeiro momento lutar contra o desemprego, a falência de fábricas e contra a falta de direitos na economia informal.
A criação da Secretaria Nacional de ECOSOL (SENAES) no Ministério do Trabalho e Emprego consolidou, nas políticas públicas, uma nova estratégia de desenvolvimento, baseada em Redes e cadeias produtivas solidárias, e hoje chegam a milhares os empreendimentos econômicos solidários espalhados pelo país, nos mais variados setores produtivos.
Movimentos e iniciativas ligados aos setores das juventudes organizadas mais recentemente começam a se despontar como atores importantes da construção dessa nova economia. São jovens que lutam para se manter no campo, por meio da agricultura familiar, das periferias urbanas que fazem da produção cultural e manifestações artísticas um negócio solidário, aqueles que se formam em universidades e decidem viver através do trabalho associado, os que buscam manter viva a cultura e o jeito de viver das populações tradicionais e tantos outros que decidiram trilhar esse caminho.
As juventudes, com as ocupações de praças e das ruas com cultura, debates públicos, arte e geração de trabalho e renda, reivindicam o direito à cidade, o direito a mostrar toda sua potencialidade crítica, criativa e produtiva. A ocupação coletiva dos espaços públicos se espalha pelo Brasil reivindicando que as cidades voltem a ser do povo e não dos interesses da especulação imobiliária.
As “Juventudes”, sem pedir licença, e mostrando seu protagonismo, começam a se organizar por meio do #JUVESOL, articulação de uma Rede nacional de grupos, pessoas, entidades e empreendimentos que trabalham para afirmar o protagonismo da juventude na construção da Economia Solidária. E também para mostrar que a produção e organização coletiva é um instrumento importante para a juventude e suas expressões culturais.
Neste período de crise econômica, onde as juventudes são as mais afetadas, a economia solidária, com seu caráter democrático e inclusivo se coloca como alternativa viável para geração de trabalho e renda e inclusão das juventudes nos processos de produção e comercialização.
* Wenderson Gasparotto – Wend, é tesoureiro da Unisol São Paulo e conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do estado de São Paulo – CONDEPE-SP
** As opiniões apresentadas nesse texto são de responsabilidade do seu autor.