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Aids aumenta entre jovens, revela Ministério da Sáude
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta última quarta-feira (1), Dia Mundial de Luta contra Aids, revelam que houve aumento do número de jovens entre 17 e 20 anos infectados pelo vÃrus HIV nos últimos cinco anos. Levantamento feito com 35 mil meninos, de 17 a 20 anos de idade, indica que a prevalência do HIV passou de 0,09% para 0,12% nesta população. Os números do boletim epidemiológico 2010 também revelam que a incidência da Aids é maior quanto menos é a escolaridade. Entre os meninos com ensino fundamental incompleto, o levantamento mostrou que 0,17% dele contraÃram o vÃrus contra 0,10% daqueles que têm ensino fundamental completo.
De acordo com diretor do departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, esses números revelam a descrença dos jovens na possibilidade de que eles podem contrair o vÃrus ao se relacionar sexualmente, entre outros fatores.
- As coisas acontecem com os outros. Também precisa falar mais sobre o HIV não só no final do ano e no carnaval – disse Dirceu.
De acordo com o boletim epidemiológico, nos últimos 30 anos 592.914 mil casos de Aids foram registrados no paÃs. Destes, 65,1% atingem a população masculina, contra 24,9% do sexo feminino. Na comparação dos casos entre jovens de 13 a 19 anos, realizada pelo ministério usando como critérios os anos de 1999 e 2009, fica claro o aumento da incidência da doença nesta faixa etária.
No final da década passada para cada 100 mil habitantes do sexo feminino, entre 13 e 19 anos, haviam 2,9 casos de Aids. Dez anos depois, os casos atingiam 3,1 jovens da mesma faixa etária. No caso dos homens com a mesma idade o número de casos para cada 100 mil habitantes passou de 2,1 para 2,4.
Se os casos de Aids aumentam entre jovens há uma redução na incidência de casos entre crianças menores de 5 anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre 1999 e 2009, a redução chegou a 44,4%.
O Ministério da Saúde credita essa redução à eficácia da polÃtica de redução da transmissão da mãe para o bebê. Outro dado comemorado pelas autoridades é o aumento significativo do uso do preservativo na primeira relação sexual que é de 61% e chega a 30,7% em todas as relações com parceiros fixos. A redução do uso da camisinha nas relações estáveis, em comparação com a primeira relação sexual, é considerada, no entanto, um fator preocupante pelo departamento de DST/Aids do ministério.
Fonte: O Globo