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Pesquisa mostra que quase metade dos jovens do país vivem em situação de pobreza
Pesquisa do IBGE mostra as condições de pobreza ou pobreza extrema que as crianças e os adolescentes estiveram submetidos nos últimos dez anos, segundo dados da pesquisa, quase metade dos jovens do país vivem em condições sociais desfavoráveis.
O Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) divulgou, na última sexta-feira, dia 09 de outubro de 2009, a “Síntese dos Indicadores Sociais”. A pesquisa revela que 44,7% das crianças e adolescentes do Brasil viviam em condições de pobreza ou pobreza extrema no ano passado, o que se pode equiparar a 11 milhões de pessoas.
Os critérios da pesquisa consideraram pobres os indivíduos que tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo, o que no ano passado era de R$ 415,00 e pobre extremo quem tinha renda de até um quarto do mínimo por pessoa.
Os resultados do IBGE mostram que 18,5% dos jovens de até 17 anos sobrevivem com apenas um quarto do salário mínimo ao mês e que 26,2% destes jovens têm renda mensal de meio salário mínimo.
A pesquisa revelou que, em 1998, 27% dos indivíduos de até 17 anos, estavam submetidos à pobreza extrema e que dez anos depois, em 2008, este percentual reduziu para 18,5%.
Há uma grande disparidade entre as regiões do Brasil ao que se refere à pobreza entre os jovens com até 17 anos. Na Região Nordeste, considerada a menos desenvolvida do país, concentra o maior número de pobres, 66,7% dos jovens nordestinos vivem em situação de pobreza ou de pobreza extrema, ao passo que a Região Sudeste abriga um contingente de 31,5%. Na década passada a pobreza nordestina atingia 73,1% dos jovens, o que mostra que o cenário do Nordeste obteve melhoras.
O Brasil, apesar de alguns avanços, ocupa uma posição inferior em relação a países como Equador, Costa Rica, Venezuela e Panamá em relação à esperança de vida. Segundo o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro é de 73 anos. Mesmo neste contexto desfavorável, a pesquisa mostra que a esperança de vida no país aumentou 3,3 anos entre 1998 e 2008.
O país também se encontra em desvantagem se comparado a Cuba e ao Chile, em relação aos índices de mortalidade infantil. No Brasil estes índices chegam até 23,5% a cada mil nascimentos enquanto nestes dois países os índices são de 5,1 e 7,2, respectivamente.
Em relação à estrutura etária do Brasil, a pesquisa mostra que o país manteve o processo de envelhecimento. A mulher que habita na região Sudeste se aproximou de um padrão da Europa: 1,5 de filhos por mulher. Há dez anos esta média era de 2,43%. O número de casal sem filhos obteve um crescimento de 16,7% em 2008, em 1998 esta média era de 13,3%.
O resultado do aumento da expectativa de vida e da diminuição da fecundidade se converte no aumento do número de idosos no país. Segundo dados do IBGE, 2008, o Brasil superou os contingentes de países da Europa como a Inglaterra, Itália e França em relação ao número de pessoas com mais de 60 anos, no ano passado o país tinha 21 milhões de pessoas nesta faixa etária, sendo 11,1% da população total do país o que significa 9,4 milhões de brasileiros com mais de 70 anos de idade.