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Encontro de mulheres e povos das Américas contra a militarização
Entre os dias 16 e 23 de agosto, acontece na Colômbia o “Encontro de mulheres e povos das Américas contra a militarização”. A escolha do país para sediar o evento não foi por acaso, já que a Colômbia vive há mais de 30 anos em conflitos armados, nos quais morreram 40 mil pessoas na última década.
O encontro é fruto de um processo de mobilização das mulheres colombianas que se estendeu para o continente. A atividade pretende denunciar a perda da soberania de nossos corpos e territórios, gerada pela militarização e representada, nesse momento, pelas bases militares dos EUA na Colômbia. Segundo dados do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INML), 1572 mulheres foram vitimas de violência sexual na Colômbia no ano de 2008, 52 por dia, 2 a cada hora.
O Encontro tem fundamental importância para as mulheres colombianas, pois além de situar a agenda das mulheres no debate da paz também fortalecerá a presença delas no cenário político, as reconhecendo como agentes do processo de negociação de paz. Da perspectiva internacional, trará a militarização como pauta do movimento feminista e dará visibilidade do tema das bases militares na América Latina.
Controle dos territórios, estupros, prostituição e o aumento da violência contra as mulheres são situações recorrentes em áreas de conflito. O corpo das mulheres é, muitas vezes, utilizado como arma de guerra, ou seja, alvo de estupros e outros tipos de violência.
O Encontro Continental de Mulheres e Povos das Américas contra a Militarização será dividido em três momentos. O primeiro, que acontece entre os dias 16 e 20 de agosto, consistirá em uma Missão Humanitária formada por 100 delegados(as) internacionais que observarão os impactos da militarização em diversas regiões da Colômbia.
O segundo momento será no dia 21, quando mais de 500 organizações nacionais e internacionais participam do Fórum Internacional de Debates. Para finalizar o evento, no dia 23, mais de 10 mil pessoas ligadas à organizações sociais e comunidades que se opõem à militarização fazem uma Vigília pela Vida.
Fonte: Adital