Horário de verão no Museu do Relógio: 600 maneiras de ver as horas

Imagem: Relógio

Para marcar o início do horário de verão de 2010, o Museu do Relógio, com acervo superior a 600 peças, abriu suas portas para visitação gratuita no último domingo, dia 17 de outubro.

Em 2010 o Museu do Relógio Professor Dimas de Melo Pimenta abriu suas portas com muitas novidades. A casa que passou por uma grande reforma para ampliar o espaço, melhorar ainda mais o layout para receber o Relógio Atômico, é uma excelente opção de lazer para as férias escolares. Situado na Avenida Mofarrej, 840, Vila Leopoldina, a visitação é gratuita e monitorada e pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 9 às 11h30 horas e das 14 às 17 horas.

Tradicionalmente, são acrescentados novos itens ao acervo, que hoje conta com mais de 600 peças, incluindo carrilhões, relógios-cuco e os primeiros marcadores de ponto, o “relógio-macaco”, que movimenta os olhos e a boca em sintonia com o passar das horas, além de preciosidades e itens curiosos.

Em dezembro de 2009 foi adicionado o Relógio Atômico, que é referenciado pelos movimentos oscilatórios, a exemplo do que acontece em qualquer outro tipo de relógio. Só que, em vez de a oscilação ser feita por um sistema de pêndulo, balanço ou quartzo, ela ocorre com a estimulação, por meio de ondas eletromagnéticas, dos átomos do Césio 133, que atingem sua frequência máxima de oscilação. Parte do acervo é doação de pessoas que desejam contribuir com o museu, outra parte é aquisição do atual presidente da DIMEP, Dimas de Melo Pimenta II.

Fundado em 1975, o Museu do Relógio Prof. Dimas de Melo Pimenta já virou tradição entre os roteiros de cultura e lazer do paulistano. Em 2009 recebeu cerca de 2.500 pessoas. Além do visitante normal, a atração também recebe excursões de escolas da capital e do interior.

A paixão do professor Dimas de Melo Pimenta, fundador da empresa e do museu, por relógios foi além de um simples colecionador. Sempre fascinado pelos marcadores de tempo, acumulou tantos itens que decidiu montar um museu. A tarefa de agrupar um número tão grande de relógios históricos e curiosos foi bastante árdua. A coleção teve início em 1950, e desde então não parou mais de crescer. Relógios originais são procurados por todos os lugares, em especial nos mercados de antiguidades que se realizam nas mais diversas cidades do mundo.

O relógio mais antigo apresentado no museu foi fabricado em 1620, na Alemanha. Trata-se de um exemplar de bolso, todo em prata, que possui apenas o ponteiro de horas (o ponteiro de minutos só foi incorporado aos relógios a partir de 1670). Também fazem parte do acervo Chatelaine de ouro e pérolas, cravejado de brilhantes. A peça, fabricada pela marca suíça Alliez & Berguer, na segunda metade do século XIX, pertenceu à 2ª Imperatriz brasileira – Amélia de Leuchtemberg, esposa de D. Pedro I.

Algumas peças são bastante curiosas, como os relógios de sol – primeiros marcadores do tempo –, que surgiram por volta dos anos 5000 e 3500 a.C. Também há peças inusitadas como um relógio cujos ponteiros se movem no sentido anti-horário, um modelo que além de mostrar as horas funcionava como cofre e um despertador que faz café, sem dúvida um dos mais curiosos.

Horário de verão

No último domingo, dia 17 de outubro, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, teve início o horário de verão. Apesar de adotado há mais de duas décadas, apenas em 2008 oficializou-se determinação para que vigore, todos os anos, sempre no mesmo período: do terceiro domingo de outubro ao terceiro domingo de fevereiro. Haverá exceção quando este coincidir com o Carnaval, sendo então a mudança adiada por uma semana.

Os relógios foram adiantados em uma hora, a partir da zero hora do último domingo (17). O ganho de mais tempo com luz solar é essencial para reduzir o consumo de eletricidade nos horários de pico. A claridade natural das 18 às 19 horas atenua, nesse intervalo, a demanda simultânea nas indústrias, escritórios e residências. Assim, não ocorrem sobrecargas e diminuem os riscos de blecautes na época mais quente no ano. No verão, cresce muito o uso de equipamentos de refrigeração, ar condicionado e ventilação, cujo funcionamento despende da energia. Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema), a economia de eletricidade, que varia entre 4% e 5%, foi de dois mil megawatts no último horário de verão. Em dinheiro, isso representou R$ 10 bilhões.

Serviço:

Museu do Relógio Profº Dimas de Melo Pimenta
Local: Av. Mofarrej, 840 – Vila Leopoldina, São Paulo/SP
Horário: segunda à sexta – 09h às 11h30 e 14h às 17h
Todo segundo sábado do mês – 09h às 11h30 e 14 às 17h
Informações: (11) 3646-4000
Entrada gratuita

Fonte: Portal da Juventude – SP