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[Expoidea] Extensão da experiência e possibilidade de cooperação são o mote do LMS AMADEUS

O projeto é desenvolvido por estudantes e professores da UFPE.

Ajudar as pessoas a aprender. Foi com esta premissa que o AMADEUS, um sistema de aprendizagem à distância baseado no conceito de “blended learning” LMS, (sigla para learning management system), foi apresentado na tarde do dia 25, no espaço Santander Cultural, como parte da feira Expoideia, que se encerra amanhã. O projeto foi originalmente concebido dentro do Centro de Ciências Cognitivas e Tecnologias Educacionais (CCTE), núcleo multidisciplinar composto por professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente, o AMADEUS conta com uma vasta gama de colaboradores, tanto no âmbito nacional, como no internacional, o que pode ser evidenciado por colaborações oriundas de países como Chile, Alemanha e França, para citar alguns exemplos.

O nome do projeto é um acrônimo para “Agentes Micromundos e Análise do Desenvolvimento do Uso de Instrumentos”. Curiosamente, muitos podem fazer uma associação do nome do projeto com o famoso compositor alemão Wolfgang Amadeus Mozart. “Na verdade, nossas maiores inspirações são o compositor Heitor Villa-Lobos, e o próprio povo brasileiro”, explica Marcello Mello, tutor da UFPE, e um dos gestores do projeto. O AMADEUS é um software livre, isto é, o usuário pode adquirir uma cópia do projeto e usá-lo à vontade, sem se preocupar com o pagamento de taxas de qualquer natureza aos autores do software. Em virtude da sua concepção como um projeto de código aberto, o mesmo atualmente encontra-se hospedado no Portal do Software Público Brasileiro, onde já conta com cerca de dois mil usuários inscritos em sua comunidade.

O projeto agregou contribuições de reuniões do CCTE, bem como de trabalhos de graduação, teses e dissertações dos alunos participantes. Graças a eles, o AMADEUS possui diversas funcionalidades, o que o torna uma alternativa a softwares similares,
como o Moodle, e que expandem de forma significativa a experiência do usuário.

Dentre as iniciativas pensadas para o projeto, destaca-se a integração com dispositivos móveis, aplicações interativas e síncronas voltadas para o ensino de física e matemática, integração com televisão digital, conteúdo interativo, e uso de jogos multiusuário para despertar o aprendizado e incitar maior participação dos alunos.

Tudo isso poderá ser enriquecido por outros em decorrência da proposta colaborativa desse software livre, cuja versão 1.0 está, segundo Mello, prevista para 2011. “Qualquer ajuda é bem-vinda!” é o lema dos desenvolvedores. Sugestões, críticas, divulgação, novas contribuições para documentação ou código-fonte são aceitas, seguidas de um processo de avaliação. “Todas as contribuições são testadas numa linha de desenvolvimento à parte, diferente da principal. Se a contribuição se adequar aos padrões do software, ela é incorporada na linha de produção principal, e lançada em versões futuras do AMADEUS”, explica Mello.

Para o futuro, espera-se a incorporação de novos recursos, dentre eles o uso da realidade aumentada, o que poderia facilitar, por exemplo, o ensino de segmentos matemáticos como a geometria espacial, além de uma maior concentração de esforços no que diz respeito a problemas de usabilidade e acessibilidade. Neste ano de 2010, segundo Mello, “o CCTE criou o primeiro grupo exclusivamente voltado para estudos de acessibilidade, composto de cinco estudantes de mestrado”.

Para mais informações sobre o AMADEUS, clique aqui.

Para acessar a comunidade do AMADEUS no Portal do Software Público Brasileiro, clique aqui.