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Exposição cultural marca abertura do festival mundial da juventude e estudantes
A cerimônia de abertura do 17º Festival Mundial da Juventude e Estudantes (FMJE), que decorre até ao dia 21 do corrente na cidade de Pretória (África do Sul), foi marcada pelo desfile das distintas delegações, que procuraram, de forma resumida, apresentar os hábitos e costumes dos respectivos povos e países.
Neste festival, que iniciou segunda-feira, Angola está representada por uma comitiva que agrega militantes da organização juvenil do MPLA (JMPLA), estudantes, músicos, jornalistas e artistas plásticos, num total de 350, incluindo residentes na África do Sul e na Namíbia.
Numa simbiose de música e dança, as comitivas ilustraram os seus símbolos nacionais e os trabalhos desenvolvidos pelos respectivos governos e que tendem a melhorar as condições dos países e continentes.
A liberdade de manifestação e expressão ficou patente na criatividade dos participantes ao desfile que, apesar das danças diferenciadas, procuravam manter o ritmo e a harmonia cultural no evento, promovido pela Federação Mundial da Juventude Democrática, da qual a JMPLA é membro.
A solidariedade entre os povos esteve também em voga no recinto, onde havia um entrosamento entre as comitivas, cujos membros procuravam manter contactos, no sentido de se inteirarem mais das outras realidades.
Ao desfilar, Angola também mostrou a sua história e diversidade cultural, com delegados usando trajes tradicionais das 18 províncias, com realce para a do Kuando Kubango, onde uma das suas representantes serviu de “chamariz” a frente do mesmo (desfile).
A escolha da representante do Kuando Kubango para carregar, na frente, a bandeira de Angola deveu-se a importância da Batalha do Cuito Cuanavale para a independência dos países da África Austral, tema que será aflorado numa conferência internacional, inserida no programa do festival.
Ao finalizar, os delegados apresentaram danças diversas no certame, que visa a promoção da solidariedade entre os povos dos distintos países, fortalecimento da democracia e que congrega cerca de 45 mil pessoas.
Pelo seu contributo em distintas causas nacionais e internacionais, foram homenageados os antigos presidentes Nelson Mandela e Fidel Castro, respectivamente da África do Sul e de Cuba, ambos ausentes.
Desfilaram igualmente no “Masterpieces Moripe Stadium, local onde aconteceu a cerimónia, representantes da Argélia, Bangladesh, Brasil, Argentina, Vietname, Espanha, Nepal, Iraque, Honduras, Arábia Saudita, Namíbia, Cuba, Zimbabué, Zâmbia e África do Sul.
O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, bastante aplaudido, procedeu ao discurso de abertura do certame, versando sobre a necessidade de promoção da paz, solidariedade e desenvolvimento entre os povos e países.
A presente edição do festival, que acontece de cinco em cinco anos, decorre sob o lema “Por um mundo de paz, solidariedade e transformação, derrotaremos o imperialismo”.
Estes festivais mundiais começaram a realizar-se após a segunda guerra mundial, em 1947, na sequência da necessidade dos movimentos juvenis se unirem em torno de questões que afectam os jovens e os povos de todo o mundo.
O último festival aconteceu em 2005 na cidade de Caracas, Venezuela, sob o lema “Pela solidariedade e a paz, lutamos contra o imperialismo e a guerra”, congregando 25.145 participantes integrados em 90 delegações, cada uma representando um país.