SRTE prevê criação de 30 mil vagas de emprego no Amazonas em 2011

O mercado de trabalho no Amazonas deve abrir cerca de 30 mil novos empregos com carteira assinada em 2011, segundo projeções da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). Com a economia aquecida e o anúncio de novos investimentos no Estado, a indústria, o setor de serviços e a construção civil vão liderar a criação de empregos.

Em todo o Brasil, a perspectiva é de que 3 milhões de empregos com carteira assinada sejam criados este ano. Após perder 1,4 mil postos de trabalho formal em 2009, a economia do Amazonas retomou o nível de crescimento na geração de empregos e, até novembro do ano passado, acumulou saldo de 28 mil novos postos de trabalho criados, expansão de 7,7% na comparação com igual período de 2009, o maior nível em três anos.

“A projeção menos otimista para 2011 indica uma evolução no número de empregos semelhante ao total de postos gerado no ano passado. A tendência de evolução é por causa dos incrementos significativos na indústria, no polo naval, construção civil, no setor de serviços, além da contratação em obras do governo federal com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e os empregos públicos”, disse o superintendente regional do trabalho e emprego, Alcino Vieira dos Santos.

Setor que mais demitiu no Amazonas em função da crise em 2009, a indústria retomou o fôlego ano passado e foi onde a geração de empregos formais evoluiu mais. Foram 11,8 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, expansão de 11,2%. Este ano, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) acredita que as fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) ampliem em 12% a quantidade de novos empregos. “Essa estimativa é feita com base apenas nas informações repassadas por indústrias já instaladas e aquelas que tiveram projetos aprovados ano passado e vão ser instaladas esse ano”, frisou o economista da Fieam, Gilmar Freitas.

Segundo Freitas, o aumento da contratação de pessoal nas fábricas do PIM começará a ser observado a partir de março, período em que as indústrias retomam a fase de aquecimento da produção.

Para o economista José Laredo, este ano, a economia brasileira vai crescer de maneira mais moderada que o ano passado quando o Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 7,5%. “O ritmo de crescimento vai continuar bom, mas acredito que o PIB deve crescer 4,5%, ou seja, vai haver crescimento na geração de emprego, mas é provável que ele seja menor”, disse.

Em cinco anos, o emprego formal no Amazonas teve uma evolução de 28,8%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Manacapuru  foi o município com o pior desempenho na criação de empregos no Estado. O Estado teve um saldo médio de 15.142 novas vagas, de 2005 a 2010.

 

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