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Resolução nacional promove alterações na Educação de Jovens e Adultos
A Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) número 03/2010 determina uma nova organização da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no país a partir de 2011. Em Mato Grosso, as 320 unidades que atuam na EJA irão ofertar a conclusão da Educação Básica no prazo máximo de 6 anos.
A nova legislação prevê que o Ensino Fundamental seja organizado em 4 anos. Dois para o primeiro semento, e outros dois para o II segmento, com carga horária 800h/aulas para cada ano. Para o Ensino Médio serão desenvolvidas atividades também no prazo de 2 anos, e cada ano com carga horária mínima de 600h/anuais, totalizando 1,2 mil/horas. O ano letivo permanece com 200 dias letivos.
Sávio de Brito Costa, gerente curricular da EJA da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), explica que os novos critérios adotados possibilitam o melhor atendimento ao público e as suas especificidades. “Na verdade o tempo não significa qualidade do ensino e, sim, a organização pedagógica, o comprometimento do aluno e, da escola com a proposta adotada”. A Resolução 03/2010 diminui o tempo de permanência na EJA de nove para seis anos. Questionado sobre prejuízo para o aluno, Sávio é enfático ao afirmar que “o Estado tem investido, de maneira maciça, na formação dos profissionais e nós iremos adequar as propostas pedagógicas das escolas com as novas diretrizes”.
Ele explica também que a discussão sobre alterações na carga horária para a EJA levou anos de intensas discussões propositivas. “O aluno já tem vivência, tem conhecimento dentro de contextos sociais e econômicos, e esses fatores devem ser considerados para o currículo de jovens e adultos. Acreditamos, sim, que esse sujeito não terá perda alguma. Trabalhamos pensando em um currículo que atenda as necessidades dentro da realidade desse estudante”, finaliza.
Ele enfatiza que existe amplo respeito e consideração pelas especificidades do público. “Para o aluno ingresso na EJA deve ser considerado todo o aproveitamento em sala de aula. Claro, ele estará sujeito a avaliações, mas não é somente com base em um número que o professor vai saber o resultado do aprendizado. Ele irá considerar, em um relato minucioso, quais foram as dificuldades e o que precisa de melhor planejamento para possibilitar o conhecimento a esse sujeito. A avaliação é realizada de maneira coletiva. Nossa demanda é dos excluídos e nosso desafio é garantir o ingresso e a permanência dele em sala de aula”, finaliza.
Em 2010, Mato Grosso prestou atendimento a cerca de 70 mil alunos na Educação de Jovens e Adultos. Para 2011, a meta, é de prestar atendimento a mais 11, 2 mil pessoas. As vagas são disponibilizadas em 320 unidades sendo distribuídas em 24 Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), em 66 escolas do campo, em 5 quilombolas, em duas unidades do sistema prisional , 226 urbanas, uma de educação especial e 20 indígenas.
Se estas medidas do Conselho Nacional de Educação surtirão algum efeito, provavelmente só o tempo poderá dizer. Mas é importante que os não alfabetizados ou escolarizados tenham uma oportunidade. Pena que ainda não é o ideal. Mas acredito que o Brasil está seguindo o caminho correto, ainda de forma desigual entre os estados, mas seguindo em frente, avançando.
Acredito que essa modalidade EJA, precisa de que os governantes tenham uma vontade política ,para mudar essa realidade de evasão e não aprendizagem dos educandos, motivo esse não são estimulados, até porquer a EJA é esquecida desde a merenda escolar.
Porque a educação de jovens e adultos não recebe ainda, um incentivo como no Fundamental normal(bolsa família)? uma vez que também existe uma necessidade de estímulo a esses alunos que lutam o dia todo pela sua sobrevivência.