Hip-Hop e Educação em pauta no 20° Encontro da Nova Consciência

 

 


Jovens reunidos em torno da melodia do Hip Hop, discutindo sobre cultura, educação, economia social e combate à violência. Essa foi a proposta do 3º Encontro de Hip Hop – Consciência Periférica, dentro do 20° Encontro da Nova Consciência, com tema “O HIP HOP COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL”. Realizado pela Central Única das Favelas (CUFA), no dia 08/03, no SESC Centro de Campina Grande.

A mesa teve convidados como o educador e DJ Thiago Alcântara, o educador Ivan de Paula , o vereador Cassiano Pascoal (PSL), o MC Sandro Araújo e o educador social Robson de Miranda Escorel.Também tivemos a participação da rapper e produtora cultural Kalyne Lima e do rapper Renegado, dois vencedores do Prêmio Hutúz, a principal premiação do Hip-Hop brasileiro. Para Thiago Alcântara, conhecido como “DJ Joh”, o Hip-Hop é uma forma de inclusão social e alternativa na vida dos jovens. “O Movimento atua como porta voz da juventude excluída que vê o Hip-Hop como uma linguagem, como um canal para dizer o que pensa à sociedade”.

Já há alguns anos que elementos da cultura Hip-Hop (DJ, B-boy, MC, e grafiteir@) são visíveis na cidade de Campina Grande. Só no inicio de 2007, com a consolidação do “Núcleo Hip-Hop Campina” – que tem como o seu maior objetivo realizar ações de cunho artístico-cultural em comunidades marginalizadas da cidade – é que as ações realizadas ganham visibilidade e despertam olhares para uma cultura que até então era invisível neste município.

Contudo, o Hip-Hop está presente, tanto na periferia, nas letras de músicas, nos muros graffitados, nas salas de aula e na academia. Teses e dissertações são escritas sobre o tema e muitas se transformam em livros, como é o caso do volume “Rap e educação, rap é educação” e também o “Hip hop: da rua para a escola”. Projetos como “Rap com Ciência”, do rapper Japão, do Viela 17 em Brasília também levam o Hip-Hop para dentro dos portões da escola.