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Vestibulares abrem inscrições com jovens sem saber que curso prestar
Medicina ou engenharia de automação? Administração ou engenharia química? Jornalismo ou direito? Dúvidas como essas atormentam a cabeça dos jovens que vão prestar vestibular nos próximos meses. A escolha do curso ao qual vão concorrer no vestibular vem cheia de angústia e incertezas. O tempo está se esgotando. As universidades estão abrindo os prazos para fazer a inscrição para os seus processos seletivos. O que você vai ser quando crescer? Chegou a hora de responder à fatídica pergunta.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) já estão com as inscrições abertas. A Universidade Federal do Paraná abre o processo de inscrição nesta sexta-feira. Na semana que vem começam as inscrições para os dois vestibulares mais concorridos de São Paulo, da Universidade de Campinas (Unicamp) na segunda-feira (22) e da Universidade de São Paulo (Fuvest/USP) na sexta (26).Especialistas em orientação vocacional dizem que a escolha do curso a concorrer no vestibular é um marco na vida de todo jovem.
“A escolha é o primeiro momento bem pessoal na vida de um jovem. Até então os pais que definiam seu caminho. Agora é uma decisão que ele vai tomar por si mesmo”, destaca Yvette Piha Lehman, orientadora vocacional da Colmeia e psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise. ”Família e amigos vão tentar sugerir algo, mas o estudante deve ter a consciência da importância deste momento e escolher por si próprio. Afinal, é uma carreira que ele vai levar pelos próximos 30 anos, pelo menos.”
Maria Stella Leite, orientadora vocacional da Colmeia e psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise, considera a escolha importante, mas não decisiva. “As profissões hoje em dia têm fronteiras muitos leves uma das outras. O jovem entra em uma profissão, com o diploma na mão, e à medida que vai trabalhando na área vai tendo de conhecer outras áreas que fazem tangências.”
A jovem Maria Fernanda Moretti Schneirder, de 16 anos, está em dúvida entre três cursos: jornalismo, publicidade e propaganda, duas carreiras da área de comunicação, e direito, uma profissão tradicional em sua família. Apesar de ter realizado teste vocacional e entrar em sites direcionados para vestibulandos, Maria Fernanda ainda não decidiu qual carreira vai marcar na ficha de inscrição do vestibular da UFPR. A insegurança incomoda a estudante. “Dá bastante medo, estou mais puxada para jornalismo, mas tenho medo de mudar”, confessou.
André Luis Schlichting, de 18 anos, vai prestar vestibular pela segunda vez. No ano passado, prestou para direito, por influência do pai advogado, e não passou. O estudante mudou de ideia quando decidiu pesquisar mais sobre Engenharia Florestal, profissão que o atrai por estar relacionada à Botânica, uma temática que ele gosta.
“Eu li sobre o assunto e me interessei pela área de atuação”, afirmou André Luis. Caso ele não seja aprovado em engenharia florestal, a segunda opção é geografia. “Não é uma dúvida, é um plano B. Se não passar para engenharia florestal, a segunda opção não seria ruim”, explicou o estudante.
O estudante Luis Renan Coletti, de 16 anos, está em dúvida. Ele conta que talvez opte pela administração, que é a área de atuação dos pais, e que também já cogitou prestar vestibular para Engenharia Química. “Mas eu não ia me dar bem”, disse Luis Renan. Ele ainda reflete sobre qual curso escolher, mas está certo de que se optar por algo que goste e o satisfaça, o dinheiro vem como consequência. “Independente do curso que você fizer se gostar vai ser bem sucedido”, afirmou o vestibulando.
Para Marcos Antonio Pereira Madeira da Silva, de 22 anos, o fracasso em duas tentativas para entrar em medicina criou uma dúvida em sua cabeça. Tentar de novo ou buscar um curso teoricamente mais fácil de entrar. Após fazer o ensino médio em escola pública, Marcos passou o ano estudando em cursinho. Melhor preparado, não tem, no entanto, a segurança de passar em medicina. “Queria fazer medicina, mas engenharia parece ser mais viável”, afirma o estudante. “Vou tentar medicina na USP e Unifesp, engenharia de automação na Unicamp, e engenharia mecânica na Unesp. O que eu passar eu vou cursar.”
Fonte: pe360graus