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Reunião inter-setorial visa mais engajamento juvenil no pós-2015
Aconteceu, no fim de agosto, um encontro internacional para definir a agenda para juventude no que concerne aos Objetivos do Milênio (ODMs). Realizado em Nova Iorque, o encontro contou com a participação de diversos setores: organizações juvenis, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), agentes do setor privado, da academia, entre outros.
A reunião foi organizada pela Campanha do Milênio da ONU em colaboração com a Rede Inter-agencial para o desenvolvimento juvenil da ONU e outras instituições a fim de debater sobre os esforços para aumentar a participação juvenil no processo de decisão da Agenda Pós-2015. Essa agenda entrará em vigor após o fim da agenda dos Objetivos do Milênio, cujo fim está previsto para 2015.
Liana Manusajyan, uma jovem líder da Armênia, iniciou o encontro afirmando: “Peço que sejam levantadas as barreiras para a participação infantil e juvenil”, ela disse, “Porque precisamos da sua ajuda e nós ofereceremos a nossa em troca”. Rajiv Joshi, da Chamada Global para o fim da pobreza disse: “Nosso planeta se encontra em um precipício e as pessoas, principalmente mulheres e jovens sofrem cada vez mais com a desigualdade, a pobreza e a injustiça. […] Buscamos uma visão de futuro que seja construída pelas vozes dos cidadãos do mundo, particularmente dos jovens, os quais estão na ‘linha de frente’ da mudança em seus países”.
O encontro multi-setorial foi concebido a fim de facilitar parcerias entre diferentes áreas, a fim de desenhar uma estratégia liderada por jovens, de desenvolver mecanismos de acompanhamento que fortaleçam seu engajamento nesse processo e de mobilizar recursos de possíveis doadores.
Durante o primeiro dia da sessão, um consenso sobre os processos e esforços correntes foi estrategicamente estabelecido e os participantes puderam ouvir sobre o trabalho a ser realizado na agenda Pós-2015. As agências da ONU reforçaram seu compromisso em apoiar os processos de consulta nacional sobre o tema online. Algumas organização juvenis e infantis como a Restless Development, WAGS, Scouts, YMCA, CIVICUS – entre outras – tiveram a oportunidade de partilhar suas ações e criar sinergia que possibilitará um alcance global real, no sentido de aprofundar a participação infantil e juvenil em tais processos decisórios.
No segundo dia, os participantes se focaram no desenvolvimento de estratégias de ação, ressaltando a participação de meninas e jovens mulheres e a necessidade de mitigar a exclusão digital, garantindo um uso inclusivo de mídias digitais e outras tecnologias da informação para grupos marginalizados como as crianças e os jovens.
Apesar do tamanho do encontro – mais de quarenta participantes – o grupo pode formular recomendações concretas para o engajamento infantil e juvenil, embasando-se em princípios como igualdade de gênero, proteção, responsabilidade e não-discriminação.
Dentre as recomendações, foram estabelecidos:
- Uma chamada para uma declaração infanto-juvenil para a Agenda Pós-2015;
- Uma estratégia de ação provisória que fortaleça a participação infanto-juvenil na Agenda Pós-2015, com o componente das mídias sociais;
- Uma lista de ferramentas-chave que facilitem esse processo, tais como pesquisas, criação de redes, um calendário de políticas a ser implementadas, uma estratégia de captação de recursos, entre outras.
A reunião resultou na formalização de um grupo inter-setorial para o engajamento infanto-juvenil na Agenda Pós-2015 e na proposta de um encontro global sobre “Engajamento Juvenil no Pós-2015” em Colombo, no Sri Lanka.
Fonte: End Poverty
É realmente muito importante que os jovens se envolvam nas políticas públicas e que ajudem a melhorar o mundo em que vivem. Eles precisam estar por dentro de tudo o que acontece no mundo, porque é a partir deles que as mudanças e as transformações podem de fato acontecer. Acredito que iniciativas como essa sejam especialmente interessantes pelas possibilidades que podem trazer para o futuro.