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RICARDO ALMEIDA: Refletindo a participação da juventude pela via das ONGs no terceiro setor
          A juventude tem ao seu alcance diversos espaços de participação social, polÃtica, profissional ou voluntária neste modelo de democracia em exercÃcio no paÃs, espaços estes, ainda pouco equitativos e muitas vezes injustos, alvo de admiração e crÃtica por diferentes culturas no mundo, mas disponÃveis ao exercÃcio de cidadania pelo jovem brasileiro, que vão desde a filiação, contribuição, ou militância em partidos polÃticos, até atribuições ou associações voluntárias onde se estabeleça relação de prazer e significado com o participar, seja por identificação ideológica ou inclinação de espÃrito, seja por interesse profissional, relacional ou altruÃsta. Mas que só se configura legÃtima a participação nestes mais variados espaços quando ocorre em um ambiente democrático e sem manipulação.
           O terceiro setor, compreendido pelas distintas formas associativas que pessoas fÃsicas e jurÃdicas se estabelecem como, ONGs, OSCIPs, Fundações, Institutos, Associações,  entre outros, de direito privado e sem âmbito de lucro, também se configura como um espaço expressivo da participação da juventude no paÃs, aonde a participação ocorre maciçamente por ação voluntária, que por sua vez influi no motivo da adesão e evasão destes indivÃduos ou instituições que contribuem.
           Ao recorte especÃfico das ONGs neste terceiro setor, que ressurgem nos anos 1990 em meio à hegemonia neoliberal e de privatizações, sob crÃtica da inclinação ideológica de esquerda por assumir em sua atuação muitas das vezes responsabilidades de Estado, quando este por sua vez, se demonstra insuficiente à s demandas sociais emergentes. Estas organizações não governamentais passaram a exercer influência nos processos democráticos possibilitando a ampliação da participação social. Uma dicotomia que vem contribuindo com a maturidade democrática a partir de um exercÃcio desafiadoramente desmercantilizado, imerso no sistema do capital e consumo em vigor, onde os interesses ao bem estar social, sentimentos de corresponsabilidade e identificação presente nestas associações, permite entre outras, a abertura para o empoderamento popular, inclusão social e  nova significação dos espaços de participação na sociedade civil.
           Com todas suas fragilidades de ordem econômica, organizacional e institucional, e com polÃticas muito recentes para sua regulamentação, estas associações, não Estado e não mercado, trazem consigo uma forma de atuação mais independente e propÃcias ao protagonismo de quem participa. Inicialmente exerciam um papel assistencialista, passaram a diversificar suas formas de atuação em âmbito local e regional. Encontraram-se com um ambiente social em transformação, com um local relacional e tecnológico apropriando-se das possibilidades de um ciberativismo, que não impõe fronteiras territoriais para atuarem, onde a cultura e a sua capacidade de comunicação são os desafios aos limites de sua intervenção. Esse cenário vem permitindo gradativamente a formação de novos atores sociais, com vistas à progressão e multiplicação das experiências nas mais diversas linhas, áreas, regiões ou identificação ideológica, disponÃveis para o engajamento e exercÃcio cidadão do jovem.
 * Ricardo Almeida é publicitário, professor, pesquisador e extensionista pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul; Mestre em Comunicação, processos comunicacionais: inovação e comunidades; Fundador e atualmente Diretor Administrativo Financeiro da ONG Opção Brasil, representante da Red Opción Latinoamérica.
 ** As opiniões apresentadas nesse artigo são de responsabilidade do seu autor.Â