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Jamaica inicia processo para que reggae seja reconhecido como Patrimônio da Unesco

bob marley

A Jamaica começou os trâmites para conformar o expediente que sustentará a candidatura do reggae a Patrimônio Imaterial da Unesco, um ritmo nascido na ilha e catapultado ao mundo na voz de Bob Marley.

Segundo Janice Lindsay, do Ministério de Cultura, já criaram o comitê que preparará a nomeação, elaborará a pasta com a solicitação e a enviará à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) antes de março de 2017.

A equipe e o Governo se reuniram recentemente para especificar os detalhes do processo e garantir que tenha sucesso.

“Temos que proteger a história distintiva do reggae como um patrimônio intangível e devemos fazê-lo, antes que alguém mais apresente elementos desta proposta como sua”, explicou Lindsay.

Em outubro passado, a ministra de Cultura, Lisa Hanna, disse que a embaixada da Argentina em Kingston prestará ajuda técnica a seu despacho para elaborar a pasta com todos os elementos necessários para a petição.

Sobre este ponto informou que ainda que o gênero musical seja amplamente conhecido, o país deve demonstrar sua influência na idiosincrasia e identidade do povo jamaicano, bem como apresentar medidas para sua proteção.

Segundo Hanna, consultarão vários especialistas no tema e mobilizarão uma campanha de apoio à iniciativa dentro e fora da ilha caribenha.

Se a Unesco aprova o reggae, a Jamaica teria sua segunda contribuição à lista mundial de patrimônios, pois em julho passado conseguiu registrar o Parque Nacional Montanhas Azuis e de John Crow na relação de tesouros de tipo misto, ou seja cultural e natural.

Esse gênero musical surgiu nos anos 60 do século passado e tem como origens o rhtytnm and blues, o jazz, o soul, o ska, o mento e o calipso.

É associado ao rastafarismo pois reflete o estilo de vida, os ideais de liberdade e a luta social dos seguidores desta doutrina filosófico-religiosa.

A ideia de incluir o reggae na lista da Unesco faz parte dos esforços do Governo e várias organizações jamaicanas para resgatar e defender a autenticidade desse gênero musical.

Fonte: Prensa Latina