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Daniel Vaz: Empreendedorismo social ganha força na América Latina

Daniel

Curso internacional no Brasil sobre o tema tem inscrições encerradas 10 semanas antes do seu início

O século 21 traz a consolidação de uma nova vertente de negócio, o empreendedorismo social. O termo foi criado pelo Nobel da Paz, Muhammad Yunus, e trata de uma empresa projetada para atingir um objetivo social dentro do mercado de hoje.

É diferente de uma organização sem fins lucrativos porque o negócio deve buscar gerar um lucro modesto, mas este será usado para expandir o alcance da empresa, melhorar o produto ou serviço ou de outras maneiras que subsidiem a missão social. Em uma definição mais ampla de negócio, seria qualquer negócio que possua um objetivo social e não financeiro.

Yunus e seu sócio Hans Reitz,fundadores do Grameen Creative Lab, formularam 7 princípios sobre os negócios sociais, que vem orientando as discussões sobre o tema:

1 – O objetivo do negócio é superar a pobreza ou outros problemas sociais, não a maximixação de lucro;

2 – Ele deve alcançar sustentabilidade econômica e financeira;

3 – Investidores recebem de volta apenas a quantia que investiram; nenhum dividendo é dado além dessa quantia;

4 – Quando a quantia investida é devolvida, o lucro da empresa permanece nela para expansão e melhoria;

5 – O empreendimento e seus dirigentes aplicam conceitos vinculados à consciência ambiental;

6 – A mão-de-obra envolvida recebe remuneração de mercado, com melhores condições de trabalho;

7 – As pessoas que nele trabalham o fazem com satisfação.

Atentos a essa tendência global, organizações brasileiras criaram o LAB-ESAL, Laboratório sobre Empreendimentos Sociais para a América Latina, que ocorrerá entre 9 e 13 de maio de 2016 em São Paulo e no ABC Paulista, destinado a reunir empreendedores sociais, estudantes, professores e demais interessados no tema, provenientes de países da América Latina de língua espanhola.

selo lab esal

A iniciativa é fruto de uma parceria entre Opção Brasil, Universidade da Juventude e a UNISOL Brasil – Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários, que reúne cerca de 850 membros em sua rede. A proposta é de construir um espaço de práticas sobre emprendimentos sociais que apresentem às pessoas participantes uma experiência de trabalho afinada com tendências contemporâneas de gestão responsável, inovadora e humana, voltada a negócios de qualquer natureza.

As organizações que lideram essa proposta buscaram outros apoios, como o SEBRAE, a Cicopa, organização que reúne as cooperativas do Mercosul; algumas instituições estrangeiras de ensino superior e a AUALCPI – Associação de Universidades da América Latina e Caribe para a Integração,que apoiaram a realização desta proposta pela primeira vez, e que, segundo seus promotores, deverá ser realizada com frequência a partir de agora, no Brasil ou em outras partes da nossa região.

Existe uma possibilidade de uma nova turma se formar entre 2 e 6 de maio, que poderá ser confirmada até a primeira semana de março. O Infojovem, que figura figura como um dos apoiadores do LAB-ESAL, seguirá trazendo detalhes sobre esse tema e deverá informar assim que seja confirmada ou não a abertura de de uma nova turma ainda nesse semestre.

* Daniel Vaz é publicitário, Mestre em Comunicação, fundador da ONG Opção Brasil, e representa a mesma na Secretaria Executiva da Seção Brasileira de Participação Social da Unasul – União Sul-Americana de Nações, e Mercosul – Mercado Comum do Sul. Desempenha também as funções de Coordenador-geral da UNIJUV – Universidade da Juventude e de Vice-presidente da AUALCPI – Associação das Universidades da América Latina e Caribe pela Integração.

** As opiniões apresentadas nesse texto são de responsabilidade do seu autor.