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Estudantes de escola cearense vão representar o Brasil em competição da Nasa
Os estudantes foram autores do projeto ganhador do desafio International Space Apps Challenge
Imagine unir a magia de um objeto mágico só antes visto no universo de Harry Potter com a tecnologia avançada do futuro não muito distante de Star Wars. Foi o que seis estudantes cearenses fizeram para solucionar um problema proposto pela Agência Espacial Americana (Nasa).
O que parece um enredo de filme realmente aconteceu entre os dias 22 e 24 de abril, no FB Ideias, em Fortaleza. Nessas 54 horas, 60 jovens cearenses distribuídos em 13 equipes participaram do International Space Apps Challenge, um hackaton – um desafio em formato de maratona de programação, de 54 horas, que estimula alunos de 193 cidades e 72 países ao redor do mundo a resolverem problemas.
E os estudantes de ensino médio do Colégio Farias Brito, Marcus Vinícius Holanda de Lima, Mariana Rêgo Gomes Alves, Erlenete Sousa, Luana Albuquerque, Aron Maciel, além de Bárbara Brandão, graduanda em Engenharia Mecatrônica pelo IFCE, aproveitaram a oportunidade para trazer para a realidade os heróis da infância que viviam na telinha de cinema.
O grupo criou um drone multifuncional em formato de bola que possibilita um leque variado de jogos, brincadeiras e esportes no espaço. O “The Silver Snitch” conta com um conjunto de motores ligados a hélices usadas como propulsores. Além disso, o projeto conta com sensores de velocidade e proximidade que garantem a diminuição da velocidade para não danificar a nave espacial ou com o astronauta.
Cultura pop
Um dos estudantes responsável pelo projeto, Marcus Vinícius Holanda, explica como a cultura pop inspirou o grupo. “Harry Potter foi uma das referências, mas o que mais nos inspirou para criar o drone foi o filme Star Wars. Nossa ideia era partir das nossas referências para criar um objeto que não apenas se comunicasse com as pessoas, mas também foi de fácil uso. Uma bola fala por si, é um instrumento de entretenimento autossuficiente. Além disso, as possibilidades do que se pode ser feito com esse objeto são inúmeras”, explica.
E quem pensa que a presença de profissionais da robótica, da engenharia e da programação desanimou o jovem grupo, enganou-se. Apesar das dificuldades práticas de não dominar certos conhecimentos técnicos, o grupo enfrentou com muita comunicação e jogo de cintura e acabou vencendo o desafio no Ceará.
“Nós tivemos dificuldade com a parte técnica, afinal, ainda estamos no ensino médio e não tivemos contato com muitos conhecimentos necessários. Mas nos esforçamos mais na parte da pesquisa para dar vida a ideia legal que chegamos em grupo”, aponta Marcus, que sonha em fazer o curso de engenharia mecatrônica e produzir robores para a Nasa.
Histórico
O estudante acredita que a oportunidade de participar de um evento internacional não vai passar desapercebido em seu histórico escolar. Mas Marcus acredita que os frutos da experiência vão além do registro escolar. “O mais interessante de participar da competição foi poder criar algo nosso, pensado e executado por nós cinco. Muitas vezes as pessoas são muito inteligentes e sabem resolver problemas, mas quando colocadas em grupo perdem o rumo. Isso não aconteceu com a gente”, finaliza.
Marcus, Mariana, Erlenete, Luana, Aron e Bárbara têm mais um desafio pela frente: vão representar o Ceará na competição global que vai escolher ganhadores em cinco categorias para assistir o lançamento de um veículo espacial no Centro Espacial John F. Kennedy, localizado no Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.
Realizado pela primeira vez na cidade, o Space Apps também reuniu profissionais das áreas de robótica, programação e engenharia, além de educadores na soluções de problemas propostos nas áreas de Tecnologia, Aeronáutica, Estação Espacial, Sistema Solar, Terra e Jornada à Marte. E valia de tudo, o importante era usar a criatividade e a intuição para solucionar de forma viável os problemas apresentados.
Fonte: Tribuna do Ceará