Orientação Sexual

O debate sobre a orientação sexual está crescendo cada vez mais na sociedade contemporânea. Hoje existem diversos espaços sociais onde se podem discutir e falar abertamente sobre diversidade e orientação sexual.

Contudo, apesar do crescente espaço de abertura, ainda se encontram na sociedade, muitas reações polêmicas em torno das lésbicas, gays, bissexuais , travestis e transexuais: A homofobia, que é o ódio aberto a pessoas que não seguem e se encaixam no comportamento heteronormativo.

O debate sobre as diferenças, seja do ponto de vista sexual ou racial, é uma das pautas da maioria das universidades do Brasil. Isto mostra de que a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bisexuais, travestis e transexuais) também é alvo de uma grande falta de tolerância e aceitação por parte da comunidade acadêmica. Um dos instrumentos criados para fomentar estas discussões foi o Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual (ENUDS) que vem sendo realizados há alguns anos dentro das universidades.

Bandeira-LGBT

Durante muito tempo as pessoas que não se adequassem a orientação sexual heterossexual, eram consideradas, pela psiquiatria, como doentes, mas desde 1990 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, declarando que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio, nem perversão e que os psicólogos não poderão tratar em seus consutórios através da oferta de cura da homossexualidade.

Veja este filme que aborda um pouco sobre as dificuldades sociais encontradas pelas pessoas para viver livremente sua sexualidade:

3Opção ou orientação?
Dentro de todo este debate fica a questão sobre qual a origem do comportamento sexual. Se este comportamento é determinado ou socialmente construído. O termo opção sexual foi substituído por não conseguir expressar a forma como as pessoas chegam a praticar este tipo de relação com sua sexualidade.

Orientação é um termo que expressa a condição de que ninguém na sociedade escolhe a forma de como quer viver sua sexualidade, mas que a sociedade orienta as pessoas para conduzirem sua sexualidade em determinada direção.

Manifestações importantes em defesa da liberdade da orientação sexual

Dia da visibilidade lésbica

No dia 29 de agosto comemoramos, em todo o país, o Dia da Visibilidade Lésbica. Esta data que marcou a realização do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE). Este evento aconteceu em 1996, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de mais de 100 (cem) ativistas de diferentes estados do Brasil. O seminário surgiu a partir da necessidade de criar um espaço que possibilitasse o aprofundamento de discussões voltadas para a reflexão de questões específicas ligadas às mulheres lésbicas.

Parada da diversidade sexual

Atualmente em todos os estados brasileiros há ações referntes à parada da diversidade sexual, como as que ocorrem em São Paulo e outras de menor escala como em Bacabal no Maranhão. O grande objetivo é a busca de políticas públicas e de inclusão social, não só para o público LGBT, mas para todos os públicos vulneráveis e excluídos.

Dia Internacional do Orgulho Gay

No dia 28 de junho é celebrado o dia Internacional do Orgulho Gay ou dia da Consciência Homossexual. Esta data foi escolhida porque marcou um acontecimento no ano de 1969 em Nova York, quando os homossexuais reagiram contra a polícia por não agüentarem mais tanta opressão e violência. Esta foi uma luta política onde os homossexuais obtiveram êxito. Não aceitaram passivamente as agressões e criaram um dia que simboliza a luta pela garantia de direitos. Este dia é comemorado nas mais diferentes partes do mundo.

Para acessar o calendário de atividades da Parada da Diversidade Sexual no Brasil, acesse o site da ABGLT: Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros

Direitos Sexuais e Reprodutivos

O debate em torno dos direitos sexuais e reprodutivos se remonta a Assembléia Geral das Nações Unidas em 1648, onde pela primeira vez homens e mulheres foram reconhecidos com iguais em direitos, porém os direitos os direitos sexuais e reprodutivos só foram reconhecidos como direitos humanos em 1968 em Teerã, na Conferência Internacional de Direitos Humanos.

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Estas resoluções foram referendadas na Conferência Internacional sobre população e desenvolvimento no Cairo em 1994, assim como na quarta Conferência Mundial Sobre a Mulher em Beijing, 1995. O reconhecimento sobre os direitos sexuais e reprodutivos colocam a sociedade em acesso a garantia de direitos que forma historicamente negados ou são constantemente violados, como a liberdade de exercer sua individualidade e sexualidade sem discriminação, ou violência. E também entra a questão sobre o controle sobre a fecundidade, onde homens e mulheres tem o direito de decidir com autonomia como desejam reproduzir-se.

Leia mais sobre direitos sexuais e reprodutivos:

Conheça os direitos sexuais e reprodutivos:

Direitos Sexuais

  • Direito de escolher o(a) parceiro(a) ideal;
  • Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças;
  • Direito de viver a sexualidade independente de estado civil, idade ou condição física;
  • Direito de escolher se quer ou não ter relações sexuais;
  • Direito de expressar livremente sua orientação sexual,:heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre outras;
  • Direito de ter relação sexual independente da reprodução;
  • Direito ao sexo seguro para prevenção de gravidez indesejada e da DST/HIV/AIDS;
  • Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação;
  • Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva.

(Fonte: Série Direitos Sexuais e Reprodutivos – Caderno n° 2 – Ministério da Saúde)

Direitos Reprodutivos

  • Acesso à informação e educação;
  • Acesso a métodos contraceptivos, assistência ginecológica e prevenção de câncer;
  • Direito à doação e ao tratamento para a infertilidade;
  • Direito à igualdade entre os gêneros quanto às responsabilidades contraceptivas e reprodutivas;
  • Direito à liberdade e autodeterminação reprodutiva, livre de descriminação, coerção ou violência;
  • Direito à livre escolha de ter ou não ter filhos, em que momento de suas vidas, de decidir os intervalos dos nascimentos e de constituir família;
  • Direito a serviço de saúde pública de qualidade e acessível, durante todas as etapas da vida;
  • Direito de homens e mulheres participarem com iguais responsabilidades na criação dos filhos.

(Fonte: Adaptado de http://www.mulheresnobrasil.org.br e SOS CORPO – Gênero e Cidadania)

Livros sobre a temática:

  • Agora você já sabe – Betty Fairchild & Nancy Hayward (Record, 1979)
  • Educar meninos e meninas: relações de gênero na escola – Daniela Auad (Contexto, 2005)
  • Morangos mofados – Caio Fernando Abreu, (Agir, 2005)
  • O Menino que brincava de ser – Georgina Martins (DCL – Difusão Cultural do Livro, 2000)
  • O terceiro travesseiro – Nelson Luiz de Carvalho (Edições GLBS, 2007)
  • Vidas em arco-íris – Depoimentos sobre a homossexualidade – Edith Modesto (Record, 2006)

Filmes sobre a temática:

  • Almas Gêmeas (Amizade sem limites) – Peter Jackson, 1994
  • As horas – Stephen Daldry, 2003
  • C.R.A.Z.Y. – Jean-Marc Vallée, 2005
  • Kinsey – Bill Condon, 2004
  • Má Educação – Pedro Almodóvar, 2004
  • Meninos não choram – Kimberly Peirce, 1999

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