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Educação sexual
O fato de muitos adolescentes e jovens brasileiros estarem começando cada vez mais cedo a sua vida sexual, sem nenhum tipo de orientação sexual é uma das principais justificativas para a importância da educação sexual.
A cada ano cresce no Brasil o número de meninas grávidas, de adolescentes infectados pelo HIV, de garotos e garotas obrigados a abandonar a escola para assumir as responsabilidades da paternidade/maternidade.
- gravidez é o principal fator de evasão escolar entre adolescentes e jovens brasileiros.
Fonte: PNAD/1996 – dado referente a adolescentes de 10 a 19 anos - 48% dos atendimentos nos serviços de abortos previstos por lei são de meninas com idade entre 10 e 19 anos.
Fonte: Rede Feminista de Saúde - No Brasil, a AIDS já matou 13 mil jovens com idade entre 13 a 24 anos. Desde o início da epidemia, 37 mil já foram infectados.
Fonte: Boletim Epidemiológico, ano XIV, nº 02, abril/junho 2001
* Fonte: ANDI
A educação sexual inclui todo o processo informal pelo qual aprendemos sobre a sexualidade ao longo da vida, “seja através da família, da religião, da comunidade, dos livros ou da mídia”.
Também é entendida como o processo pedagógico dentro das escolas com o objetivo de fornecer informações sobre sexualidade e abrir um espaço para reflexão, questionamentos e quebra de tabus, crenças e valores a respeito de relacionamentos e comportamentos sexuais.
A educação sexual aborda questões como
- Saúde reprodutiva
- Afetividade
- Imagem do corpo
- Auto-estima
- Relações de gênero
É muito comum a educação sexual ser passada para os jovens por meio de conteúdos ligados ao corpo humano, enfatizando apenas os aspectos biológicos ou sobre o mecanismo fisiológico. Dessa maneira, as questões relativas aos direitos sexuais e reprodutivos assim como as discussões sócio-culturais e políticas ficam completamente excluídas.
O trabalho de educação sexual na maioria das vezes é utilizado para a reprodução de conceitos e valores já estabelecidos pela sociedade fortalecendo as problemáticas questões de gênero.
Leia também: Tese aponta equívocos da educação sexual em escolas
Cartilha Saber Amar, qual é a sua?
Traz informações e reflexões relacionadas à temática de sexualidade, tanto para jovens quanto para professores.
Organizações por Estado
Amazonas
Ceará
Instituto de Juventude Contemporânea
Maranhão
Associação de mães e adolescentes da vila Ildemar
Paraíba
Rio Grande do Norte
Educação Perinatal (em Saúde reprodutiva em torno do nascimento)
É na adolescência que a sexualidade toma uma dimensão especial com o surgimento da capacidade reprodutiva e também pelo aparecimento de comportamento e padrões sexuais que são estabelecidos pelas relações de gênero na sociedade.
Segundo o ministério da saúde “A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e de Jovens, que ainda está em fase final de elaboração, define a saúde sexual e a saúde reprodutiva como uma das três linhas prioritárias de ação, a partir do reconhecimento das questões de maior relevância na atenção à saúde de adolescentes e jovens”.
A importância da educação voltada para a saúde sexual e reprodutiva está inscrita na necessidade de se reverter as consequências indesejáveis para aos adolescentes e jovens, confirmados pelas alarmantes estáticas sobre sua realidade sexual e reprodutiva. Um trabalho educativo realmente comprometido busca em sua essência garantir os direitos humanos estabelecidos em palataformas internacionais.
Atualmente já existe a proposta de uma disciplina que tenta garantir a juventude informações baseadas em evidências sobre a natureza do período em torno do nascimento. Esta proposta visa contribuir com a implementação de políticas públicas voltada para a área de educação sexual e reprodutiva e saúde.
“Deste modo, a Ciência do Início da Vida pretende aportar conhecimentos e promover o auto-conhecimento aos alunos, tarefa fundamental que precede a gestação consciente, nas dimensões pessoal, social, pedagógica e criativo-espiritual. Tal disciplina é vital para uma mudança de orientação no sentido de uma melhor apreciação da vida. Quando jovens em idade de se apaixonar e de se envolver com novas idéias receberem toda a informação suficiente para que tenham a possibilidade de transformarem-se a si mesmos, eles poderão engendrar crianças que farão toda a diferença no mundo” . Eleanor Madruga Luzes
Saiba mais sobre ciência do início da vida
Métodos Anticoncepcionais
Os métodos anticoncepcionais são recursos utilizados tanto pelo homem quanto pela mulher para evitar que uma relação sexual resulte em gravidez. Existe uma grande variedade de métodos e cada um funciona de uma maneira, uns são mais seguros, outros menos. Uns são mais fáceis de serem utilizados outros menos. Eles se dividem em quatro tipos:
- Métodos de Barreira: são métodos que utilizam produtos ou instrumentos para impedir a passagem dos espermatozóides através da vagina. São eles: camisinha masculina, camisinha feminina, diafragma e espermicidas.
- Métodos Comportamentais: são práticas que dependem basicamente do comportamento da mulher e exigem um conhecimento prévio do corpo feminino para poder ser aplicado. São eles: tabelinha, muco e temperatura.
- Métodos Hormonais: são comprimidos ou injeções feitos com hormônios não naturais. Este tipo de método interfere no equilíbrio hormonal do corpo, alterando o desenvolvimento do endométrio, o movimento das tubas uterinas, a produção do muco cervical e também impedindo que a ovulação ocorra. São eles: pílulas injeções e implantes
Assista a esta reportagem e entenda um pouco o uso da pílula anticoncepcional:
- Dispositivo Intra-uterino – DIU: é um objeto colocado no interior da vagina para evitar a concepção.
- Métodos Cirúrgicos ou Esterilização: não é exatamente um método anticoncepcional, mas uma cirurgia que se realiza no homem ou na mulher com a finalidade de evitar definitivamente a concepção. A esterilização feminina é chamada de laqueadura e a esterilização masculina, vasectomia.
Para ter acesso às formas de contracepção de acordo com os tipos de métodos acima, clique aqui.
Como escolher um Método Anticoncepcional?
Não existe um método anticoncepcional melhor entre todos os existentes. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, sua eficácia, efeitos colaterais, entre outros. O melhor é aquele que a mulher e/ou parceiro escolhe(m), confia(m) e se sente(m) confortável(eis) ao utilizá-lo, desde que atenda aos critérios médicos de elegibilidade.
Cada pessoa deve e tem o direito de escolher o seu método anticoncepcional, de acordo com as suas características (estilo de vida, vida sexual, nº de filhos que deseja, entre outros.) segundo as suas condições de saúde.
(Fonte: Vivendo a Adolescência)