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CNJ lança cartilha sobre Bullying
O Conselho Nacional de Justiça – CNJ lançou, no último dia 20, no seminário do Projeto Justiça na Escola, na Escola de Magistratura Federal (Esmaf), em Brasília, uma cartilha sobre bullying
A cartilha contém dicas para o combate ao bullying nas escolas e esclarece que muitas vezes o fenômeno começa em casa. A escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.
Segundo o texto, de autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas. “Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores”, diz o texto.
A cartilha traz, em forma de perguntas e respostas, várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar. De acordo com o texto, o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas meninas com intrigas, fofocas e isolamento das colegas.
A finalidade da cartilha é ajudar na identificação dos casos de bullying, explicando os vários tipos de violência que se encaixam nesse padrão. Podem ser verbais (com insultos, ofensas e apelidos pejorativos), físicos (tapas, empurrões, roubos ou destruição de pertences da vítima), psicológicas e morais (com humilhações e chantagens), sexual (assédios, insinuações) e até virtual (mais conhecido como o cyberbullying, que consiste na postagem de mensagens ridicularizando a vítima em sites de relacionamento).
Além disso, a publicação apresenta comportamentos típicos de quem está sofrendo o bullying. A observação dessas características pode resgatar uma criança ou adolescente que se encontre na posição de vítima. Na escola, eles sempre ficam isolados dos grupos, próximos a adultos que possam protegê-los. Quase nunca são convidados a participar das brincadeiras e, quando isso acontece, são sempre colocados em último plano.
Em casa, os pais podem prestar atenção aos sinais físicos. Geralmente, as crianças queixam-se de dores de cabeça, enjoos, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite e insônia, de acordo com a cartilha. Também podem ocorrer mudanças repentinas de humor, além de aumento dos gastos na cantina da escola. O mais comum de todos, no entanto, são as manobras para faltar às aulas.
Segundo o texto, a escola é corresponsável nos casos de bullying. A cartilha orienta a direção das escolas a acionar os pais, conselhos tutelares, órgãos de proteção à criança e ao adolescente. “Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão”, diz a cartilha.
O texto afirma ainda que, em casos de atos infracionais, a escola tem o dever de fazer uma ocorrência policial. “Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infanto-juvenil”, diz o texto.
No Brasil, de acordo com a cartilha, predomina o uso de violência com armas brancas. Em escolas particulares, vítimas são segregadas, principalmente, devido a hábitos ou sotaques.
A cartilha orienta os pais a observar o comportamento dos filhos e a manter diálogo franco com eles. “Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos”, diz o texto.
Além disso, os pais devem estimular os filhos a desenvolver talentos e habilidades inatos, para resgatar a autoestima e construir sua identidade social.
Acesse aqui a Cartilha sobre bullying, em PDF.
Para saber mais sobre o tema, acesse a página do Observatório da Infância aqui
Fonte: Portal G1 / Observatório da Infância / JC Online
A violencia nasce nos lares porque os pais nao atuam realmente como educadores. Colocam a violência gerada pelos canais de tv como babás eletrônicas e contratam psicólogos para fazer o que lhes correspondem. Realmente, neste contexto, para encontrar familias, tem de se usar lupa.
A violência contra a criança e o adolescente é um assunto muito debatido e explorado pela mídia. Cartilhas como esta que o CNJ brilhantemente lançou ajudam aos operadores do direito a entender o tema (Bulling) e a pensar soluções para tal problema enfrentado nacionalmente e internacionalmente. Sugiro ao CNJ pensar, também, a situação da vítima no âmbito judiciário e quem sabe lançar uma cartilha de Boas Práticas na atenção a vítima na justiça. Atenção esta que deve se dar em toda a instituição desde o porteiro, auxiliar de limpeza ao Juiz ou Desembargador.